Canal da Terra
Chuvas acima da média antecipam plantio de soja em Roraima

De acordo com o presidente da Aprossoja-RR, Murilo Ferrari, o cenário atípico trouxe umidade suficiente ao solo

O volume de chuvas registrado no fim de março e início de abril em Roraima surpreendeu produtores rurais ao ultrapassar a média histórica para o período. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprossoja-RR), Murilo Ferrari, o cenário atípico trouxe umidade suficiente ao solo. Isso já permite o início do plantio da soja em algumas regiões do estado.

“Observamos um começo de abril com chuvas fora da curva do que estamos acostumados, fora da normalidade. Isso já cria condições favoráveis para o plantio. Alguns produtores já começaram a plantar, apostando nessa umidade e nas previsões futuras”, afirmou Ferrari.

Dados registrados pela estação automática do Inmet, mostra que em abril de 2025 já choveu 183,2mm em Boa Vista. Além disso, a previsão para trimestre abril, maio e junho é de chuvas acima da normal climatológica no centro-norte de Roraima.

Apesar do início antecipado por parte de alguns agricultores, a maioria ainda aguarda a consolidação das previsões climáticas para depois do dia 15 de abril. A preocupação gira em torno da possibilidade de um veranico. Esse é um período de estiagem breve que costuma ocorrer entre o fim de abril e o começo de maio.

Perspectivas para a Safra 2025

Segundo Ferrari, a chegada adiantada das chuvas em 2025 também antecipou a janela de plantio, o que pode beneficiar o ciclo produtivo da soja. “Isso significa que vamos conseguir plantar mais cedo e, consequentemente, fugir da janela crítica entre o meio e o fim de agosto, quando porventura as chuvas cessam. Isso pode viabilizar uma safrinha ou a formação de palhada para o próximo ciclo”.

A expectativa é de que, com a manutenção do clima favorável, os produtores consigam aproveitar ao máximo o potencial da safra deste ano. Isso deve ampliar a produtividade da soja em Roraima.

Fonte:folhabv.com.br

Produção agropecuária brasileira deve atingir R$ 1,42 trilhão em 2025, com alta de 10,1%

Estimativa do Ministério da Agricultura aponta expansão tanto na agricultura quanto na pecuária, com destaque para o café e a bovinocultura

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira está projetado para alcançar R$ 1,421 trilhão em 2025, o que representa um crescimento de 10,1% em relação ao estimado para 2024. A projeção, divulgada no boletim mensal da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, eleva a estimativa anterior, feita em março, de R$ 1,414 trilhão.

Para 2024, o ministério também revisou sua previsão: de R$ 1,274 trilhão para R$ 1,291 trilhão — um avanço de 0,5% na comparação com o ano anterior. O VBP representa o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e é calculado com base na produção agrícola e pecuária e na média dos preços recebidos pelos produtores em todo o país.

Agricultura representa dois terços do total

Do total projetado para 2025, cerca de R$ 943,4 bilhões devem ser provenientes das lavouras, correspondendo a 66% do valor geral e um incremento de 9,6% sobre o resultado estimado para 2024. Já a pecuária deverá responder por R$ 477,7 bilhões — o equivalente a 34% do total — com alta prevista de 11,1%.

Segundo o levantamento, em 2024 a agricultura sofreu retração de 3,2%, enquanto a pecuária registrou crescimento de 8,4%.

Café e cacau lideram crescimento nas lavouras

Entre as culturas agrícolas, o maior destaque é o café, com expectativa de crescimento de 43,2% no VBP, atingindo R$ 123,3 bilhões em 2025. O cacau também deve apresentar forte desempenho, com alta de 24,6% e valor bruto projetado de R$ 14,1 bilhões.

A soja, principal cultura do país em valor absoluto, deverá registrar avanço de 9,1%, totalizando R$ 332 bilhões. O milho, por sua vez, deve gerar um VBP de R$ 148,8 bilhões, com crescimento de 16,4%.

Outras culturas com previsão de crescimento incluem a cana-de-açúcar (alta de 3,9%, para R$ 127,5 bilhões), a laranja (alta de 12,8%, para R$ 32,6 bilhões) e o algodão (aumento de 0,6%, para R$ 35 bilhões).

Por outro lado, espera-se queda no faturamento bruto de lavouras como arroz e trigo. O VBP do arroz deve recuar 8,7%, alcançando R$ 23,2 bilhões, enquanto o do trigo deve cair 7,5%, totalizando R$ 9,9 bilhões.

Bovinocultura lidera alta na pecuária

Na pecuária, o maior avanço é projetado para a bovinocultura, com incremento de 20,3% e valor estimado em R$ 205,7 bilhões. A atividade permanece como a principal fonte de receita dentro do segmento.

A suinocultura também deve crescer, com alta de 7,7% no VBP, alcançando R$ 61,1 bilhões. A produção de frango tem avanço previsto de 6%, chegando a R$ 113,6 bilhões. Já a produção de leite deve gerar receita de R$ 69,2 bilhões, com crescimento mais moderado, de 1%. A avicultura de postura, por sua vez, deve apresentar aumento de 6,2%, atingindo R$ 28,1 bilhões.

As estimativas do VBP são atualizadas mensalmente pelo Ministério da Agricultura, com base em dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos preços coletados em fontes oficiais. O levantamento contempla 19 cadeias produtivas da agricultura e cinco atividades da pecuária.

Fonte: Portal do Agronegócio

Vazio sanitário da soja é encerrado em Roraima; plantio pode começar em 19 de março

Produtores estão autorizados a iniciar a semeadura para a safra de 2025, após período de controle da ferrugem asiática

O vazio sanitário da soja em Roraima foi oficialmente encerrado, permitindo que os produtores iniciem o plantio a partir de 19 de março. A medida, estabelecida pela Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) por meio da Portaria nº 1618, publicada em 15 de setembro de 2023, tem como objetivo combater a ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.

O período de plantio se estenderá até 26 de junho, conforme o cronograma oficial. Caso haja mudanças, a Secretaria de Defesa Agropecuária comunicará os produtores. O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, destacou que Roraima deve ultrapassar 130.000 hectares de soja plantada, com potencial de superar 200.000 hectares ao incluir culturas como arroz, feijão e milho.


“O Estado vem crescendo exponencialmente nesses cultivos, o que gera aumento de emprego e renda para a população. A Agência tem atuado de forma estratégica para garantir a sanidade das lavouras e contribuir para o desenvolvimento sustentável do campo”, afirmou Parisi. Ele ressaltou que, com o fim do vazio sanitário, os produtores estão livres para iniciar o plantio, aguardando apenas condições climáticas favoráveis.

O Programa de Controle da Ferrugem Asiática, lançado em junho de 2022, permitiu a criação de um cadastro de todos os produtores de soja no estado, facilitando o monitoramento e o controle da doença. A iniciativa é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O que é o vazio sanitário?
O vazio sanitário é um período em que é proibido cultivar ou manter plantas de soja, com o objetivo de interromper o ciclo de vida do fungo causador da ferrugem asiática. Segundo a Embrapa, a estratégia ajuda a reduzir a propagação da doença e minimizar os danos à produtividade.

Marcos Prill, diretor de Defesa Vegetal da Aderr, explicou que a ferrugem asiática causa desfolha precoce da planta, prejudicando a formação dos grãos e reduzindo a produtividade. “O controle com agrotóxicos tem se mostrado eficaz, mas o uso contínuo pode favorecer o desenvolvimento de resistência do fungo”, alertou.

Ferrugem asiática em Roraima
A doença foi identificada no Brasil em 2001 e oficialmente detectada em Roraima em 2021, após análise do Ministério da Agricultura. A ferrugem asiática foi registrada em propriedades nos municípios de Alto Alegre e Iracema, durante inspeções de rotina realizadas pela Aderr.

“Estamos preparados para adotar todas as medidas necessárias para combater a praga”, afirmou Parisi, reforçando o compromisso da agência em garantir a sanidade das lavouras e o desenvolvimento sustentável do setor agrícola no estado.

Fonte: folhabv.com.br

Produção de grãos na safra 2024/25 é de 328,3 milhões de toneladas, aponta Conab

Dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Conab na manhã desta quinta-feira; destaque para os números da soja

A estimativa para a produção de grãos na safra 2024/25 foi atualizada e está em 328,3 milhões de toneladas, aumento de 10,3% em comparação com o volume obtido no ciclo anterior, representando um acréscimo de 30,6 milhões de toneladas a serem colhidas.

Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na manhã desta quinta-feira (13).

Segundo a Companhia, o resultado reflete um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. Caso o panorama se confirme, este será um novo recorde para a produção na série histórica.

Soja

A 1° safra de soja tem estimativa de produção de 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. Após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida.

De acordo com a Conab, nesta semana, a colheita se encontra em 60,9% da área, superior ao registrado no mesmo período na temporada anterior, dentro da média dos últimos 5 anos, como indica o Progresso de Safra publicado pela Companhia.

Os rendimentos obtidos até o momento têm superado as expectativas iniciais em estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Por outro lado, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a irregularidade e a ausência de precipitações já afetou o potencial produtivo da cultura em quase todo o estado.

Milho

O plantio do milho 2ª safra atinge 83,1% da área prevista. O índice está abaixo do registrado no último ciclo em período semelhante, porém mais alto do que a média dos últimos 5 anos. A expectativa da Conab é que haja um crescimento da área da 2ª safra do cereal em 1,9%, chegando a aproximadamente 16,75 milhões de hectares.

As condições climáticas até o momento são favoráveis e se estima uma recuperação na produtividade média nas lavouras, estimada em 5.703 quilos por hectares. Com isso, a produção na 2ª safra do grão está projetada em 95,5 milhões de toneladas, aumento de 5,8% em relação à 2023/24. Este bom desempenho influencia na estimativa esperada para a produção total de milho de 122,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,1%.

Arroz

A Conab verifica um aumento na área plantada em 6,5%, chegando a 1,7 milhão de hectares. As boas condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, permitindo uma recuperação de 7,3% na produtividade média das lavouras, estimada em 7.063 quilos por hectare. Mantendo-se as condições atuais, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas.

Os índices de colheita se apresentam superiores ao mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores, apenas Tocantins o ritmo de colheita se encontra em percentual um pouco abaixo do ciclo passado.

Mercado de arroz

A entrada da safra no mercado mantém a tendência de baixa nos preços pagos aos produtores. O aumento de produção estimado pela Companhia garante o abastecimento interno e possibilita uma recuperação nos estoques de passagem do produto mesmo com a expectativa de aumento nas exportações do grão.

Estima-se que as vendas de arroz brasileiro ao mercado externo cheguem a 2 milhões de toneladas, e que o estoque de passagem ao final da safra 2024/25 apresente recuperação, com um volume estimado de 1,4 milhão de toneladas ao final de fevereiro de 2026.

Feijão

A leguminosa deverá registrar um ligeiro aumento na produção total de 1,5% na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. O resultado é influenciado principalmente pela expectativa de uma leve melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada para o feijão se mantém praticamente estável.

Algodão

A expectativa da Conab é de aumento na área semeada, em cerca de 2 milhões de hectares, incrementando a produção. A perspectiva é de uma boa produtividade média nas lavouras, podendo ser a terceira maior já registrada na série histórica perdendo apenas para os últimos dois ciclos. Caso o cenário se confirme, a estimativa é que se colha 3,82 milhões de toneladas da pluma, um novo recorde para o país.

Fonte:canalrural.com.br

Roraima prevê produtividade recorde de até 8.000 kg de arroz por hectare

Seadi inicia relatório com expectativa de superar média histórica; 75% da produção abastecerá mercado local.

A Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação) deu início esta semana à elaboração do relatório da safra de grãos 2025, com foco na produção de soja, arroz e milho. Os números preliminares apontam melhor desempenho, especialmente no cultivo de arroz, que deve alcançar uma produtividade recorde de até 8.000 kg por hectare, superando a média histórica do Estado.

Durante visitas técnicas a propriedades rurais, como a Fazenda Paraíso, do produtor e presidente da Associação de Rizicultores de Roraima, Genor Faccio, foram coletados dados para a safra.

“Estamos na metade da colheita, e a expectativa é superar a média histórica. O clima tem sido favorável, e o controle de pragas e doenças no momento certo garantiu um bom andamento da produção”, afirmou Faccio. Ele destacou ainda que, pelo terceiro ano consecutivo, o arroz de sequeiro será cultivado em rotação com a soja, ocupando pelo menos 900 hectares em sua propriedade.

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Enquanto no passado 75% do arroz cultivado em Roraima era enviado para Manaus, hoje esse mesmo percentual abastece o mercado local. Os 25% restantes seguem para Manaus e Venezuela, consolidando Roraima como um importante fornecedor regional.

O engenheiro agrônomo Jefferson Hara ressaltou que as condições edafoclimáticas de Roraima são ideais para o cultivo de arroz, especialmente em áreas irrigadas. “O clima desta safra foi extremamente favorável, e os produtores demonstraram alta eficiência em todas as etapas, desde o planejamento até a comercialização”, explicou

A produtividade média da safra de verão de 2025 deve variar entre 7.500 e 8.000 kg por hectare, um marco histórico para o Estado. Esse resultado é fruto da combinação de fatores como clima propício, solo adequado e a expertise dos produtores, que se aperfeiçoaram ao longo dos anos para enfrentar os desafios da cadeia produtiva.

Fonte:folhabv.com.br

Brasil lidera exportação agro mundial

A expansão do mercado internacional também foi determinante

O Brasil alcançou um marco histórico ao se tornar o maior exportador mundial de commodities do agronegócio, superando os Estados Unidos. Segundo estudo do Insper, essa virada se deve ao crescimento expressivo da produção de sojamilho e carnes, aliado à adoção de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis no campo. Rogério Teixeira de Melo, Senior Advisor para Cadeia de Valor do Carbono e Alimentos na UPL, destaca que a resiliência do produtor brasileiro tem sido fundamental para esse avanço, mesmo diante dos desafios globais.

A expansão do mercado internacional também foi determinante, com a China consolidando-se como o principal destino das exportações brasileiras. A busca por eficiência produtiva e o compromisso com a sustentabilidade colocam o Brasil em uma posição estratégica no comércio global, garantindo alimentos, fibras e bioenergia para diversos países. A competitividade do agronegócio brasileiro reflete a capacidade de adaptação e inovação do setor, impulsionando o desenvolvimento econômico e social do país.

O impacto dessa conquista vai além dos números. O esforço de milhões de produtores rurais brasileiros sustenta não apenas o abastecimento interno, mas também contribui para a segurança alimentar mundial. O país se destaca na produção de alimentos como soja e carne, no fornecimento de fibras como o algodão e na geração de bioenergia, representando mais de 25% da matriz energética nacional – superando inclusive a soma de todas as hidrelétricas.

“O produtor rural brasileiro segue comprometido com a vocação do Brasil: alimentar o mundo com sustentabilidade e competitividade. Essa conquista não é apenas um número, mas o reconhecimento ao esforço de milhões de brasileiros que dedicam sua vida, trabalho e patrimônio para produzir”, comente. 
 Fonte:agrolink.com.br

Abiove Reafirma Projeção para Safra de Soja e Eleva Expectativa para Exportação de Farelo e Óleo

Brasil deve processar mais soja do que o esperado, com aumento nas exportações de farelo e óleo de soja, aponta levantamento da Abiove

O Brasil deverá processar mais soja do que o inicialmente previsto para este ano, impulsionado por uma maior exportação de farelo e óleo de soja, conforme apontou o levantamento mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), divulgado nesta quarta-feira.

A previsão para o processamento de soja no Brasil em 2025 foi ajustada para 57,5 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 400 mil toneladas em relação à projeção anterior, feita em janeiro. A associação, que reúne tradings e processadoras do setor, também ajustou suas estimativas para as exportações brasileiras.

A exportação de farelo de soja foi revista para 23,6 milhões de toneladas neste ano, superando a previsão de 22,9 milhões de toneladas de janeiro. Já a exportação de óleo de soja foi estimada em 1,1 milhão de toneladas, uma leve alta em comparação com os 1,05 milhão de toneladas previstos no início do ano.

Em relação à safra de soja, a estimativa de produção do Brasil permaneceu estável em 171,7 milhões de toneladas, sem alteração em relação à previsão divulgada em janeiro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Projeção de Safra Brasileira de Soja 2024/25: Recorde de 170,7 Milhões de Toneladas

Expectativa de Expansão e Desafios Climáticos

A Hedgepoint Global Markets prevê que a produção brasileira de soja na safra 2024/25 atinja um novo recorde, com 170,72 milhões de toneladas. A área plantada deverá alcançar 47,54 milhões de hectares, o que também representa um aumento histórico. A produtividade média projetada é de 3.581 quilos por hectare, ou 59,85 sacas por hectare.

Apesar de enfrentar desafios climáticos, como a baixa umidade no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, as altas produtividades esperadas em estados como Paraná, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia devem garantir a produção recorde.

Impacto da Seca nas Regiões Sul e Centro-Oeste

De acordo com Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, a projeção já leva em conta as perdas nos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que não devem atingir seus potenciais iniciais. “Apesar disso, os problemas não são catastróficos, e uma recuperação dependerá do retorno das chuvas, especialmente no Rio Grande do Sul. Caso o clima seco persista, ajustes nas estimativas de produção podem ser necessários”, observa Roque.

O analista também enfatiza a importância de monitorar o clima nas regiões centrais do Brasil, que são cruciais para o final do desenvolvimento das lavouras e a continuidade da colheita, já iniciada no Paraná e no Mato Grosso.

Tecnologia e Expansão de Área Garantem Recorde

Mesmo com possíveis ajustes nas estimativas, é improvável que a produção de soja deixe de ser recorde nesta safra. A expansão da área plantada, os avanços tecnológicos, a recuperação do ritmo de plantio e, principalmente, as condições climáticas favoráveis após outubro de 2024 têm impulsionado o desenvolvimento das lavouras na maior parte dos estados centrais.

Fenologia das Lavouras e Acompanhamento Climático

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 55,4% das lavouras brasileiras estão na fase de enchimento de grãos, o que demanda atenção ao clima nas próximas semanas para garantir a conclusão do desenvolvimento da safra, especialmente nas regiões Sul, Nordeste e Norte, onde ocorre a maior parte desse estágio.

Previsões Climáticas e Impactos no Avanço da Colheita

Nos últimos 30 dias, as chuvas ficaram abaixo da média na Região Sul e em parte do Centro-Oeste, intensificando as preocupações sobre as produções no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. No Paraná, embora as chuvas também tenham sido inferiores à média, o estágio avançado de desenvolvimento das lavouras, devido ao bom ritmo de plantio, minimizou os danos potenciais às plantas.

“Os mapas climáticos indicam chuvas na Região Sul e no sul do Mato Grosso do Sul entre 22 e 28 de janeiro, o que deverá melhorar as condições das lavouras afetadas pela baixa umidade. No Paraná, o aumento da umidade pode dificultar o avanço da colheita, enquanto no Mato Grosso, a menor umidade favorecerá o início da colheita em áreas semeadas precocemente, embora com resultados abaixo do esperado devido à seca inicial”, explica Roque.

Previsões Climáticas para os Próximos Dias

Entre 29 de janeiro e 4 de fevereiro, a Região Sul e o sul do Mato Grosso do Sul deverão enfrentar novamente menor umidade, o que poderá gerar novas preocupações. Na faixa central do país, volumes elevados de chuva podem dificultar o avanço da colheita no Mato Grosso.

“Nos próximos 14 dias, espera-se que as temperaturas sejam ligeiramente acima da média no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, enquanto os estados da faixa central devem registrar temperaturas abaixo da média. A baixa umidade no Rio Grande do Sul, prevista para persistir em fevereiro e março, aumenta o risco de perdas produtivas, exigindo monitoramento constante das condições climáticas”, conclui o analista.

Fonte: Portal do Agronegócio

Balança comercial do agro brasileiro será favorecida por 4 fatores em 2025, diz consultoria

Brasil tende a se beneficiar de recuperação de safra e provável guerra comercial entre Estados Unidos e China

O agronegócio brasileiro gerou US$ 165,13 bilhões em receita de exportação em 2024. Apesar do recuo de 1,2% na balança comercial em comparação com 2023, o número representa o segundo maior faturamento do setor em termos de embarques de commodities agropecuárias.

De acordo com levantamento da consultoria Datagro amparado em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a China se manteve como o principal destino dos produtos nacionais ao longo do ano passado. As vendas ao mercado chinês somaram US$ 49,7 bilhões, retração de 17,5% ante 2023, ou US$ 10,54 bilhões a menos.

Balança comercial do agronegócio brasileiro 2025
Foto: Divulgação Datagro

Com isso, a participação chinesa saiu de 36,2% em 2023 para 30,2% em 2024. Como já era de se esperar, a soja em grão foi a protagonista nessas transações: vendas de US$ 31,5 bilhões (queda anual de US$ 7,4 bilhões). Assim, o gigante asiático comprou 73,4% do total da oleaginosa exportada pelo Brasil.

Em seguida, aparece os Estados Unidos, com embarques de US$ 12,1 bilhões (+23,1%), adquirindo, principalmente, café verde, celulose, carne bovina in natura e suco de laranja.

Estimativas para 2025

Para a Datagro, o ano de 2025 guarda maiores oportunidades para as exportações do agronegócio brasileiro por quatro principais fatores, na visão da Datagro:

  • Valorização do dólar frente ao real
  • Eleição de Donald Trump e a tensão comercial entre Estados Unidos e China
  • Recuperação da safra de grãos
  • Investimentos logísticos

O contexto de valorização do dólar frente ao real e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos são fatores que devem reacender a perspectiva de tensões comerciais, tendo em vista os planos do novo presidente de taxar as importações, sobretudo de produtos chineses.

Ademais, a empresa diz que, no lado da oferta, há a expectativa de recuperação das safras de grãos e provável maior oferta de cana-de-açúcar em função das boas condições climáticas desde outubro do ano passado.

Para a soja, principal commodity agrícola exportada pelo país, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima produção de 166,33 milhões de toneladas na safra 2024/25, aumento de 12,6% ante à temporada anterior.

Fonte:canalrural.com.br

Os principais desafios para o agronegócio em 2025

Por Diogo Luchiari

agronegócio brasileiro é um dos principais motores da economia nacional, sendo responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e das exportações do país. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o setor deve crescer 5% em 2025, alcançando uma receita estimada de R$ 1,43 trilhão.

Apesar dessa perspectiva positiva, vários desafios se colocam no horizonte. Neste artigo, discutiremos os principais obstáculos que o agronegócio enfrentará em 2025, considerando tanto o cenário interno quanto o externo.

1. Valorização do dólar e dependência de insumos importados

A valorização do dólar representa um dos maiores desafios para o setor. Embora beneficie as exportações, também encarece a importação de insumos essenciais, como fertilizantes, defensivos agrícolas e tecnologias de ponta.

Essa dependência cria um ciclo de pressão de custos que pode impactar negativamente a margem de lucro dos produtores, especialmente os de pequeno e médio porte.

Para mitigar esse desafio, o setor precisará investir em soluções como o fortalecimento da produção nacional de insumos e a adoção de tecnologias que aumentem a eficiência do uso desses recursos.

2. Cenário de juros elevados

O ambiente de juros altos previsto para 2025 afeta diretamente o custo de financiamento, dificultando a aquisição de crédito por parte dos produtores. Essa situação compromete não apenas o investimento em infraestrutura e tecnologia, mas também a renovação de equipamentos e a expansão de áreas cultiváveis.

Uma possível solução seria a criação de linhas de crédito mais acessíveis e de programas de incentivos fiscais que estimulem a modernização do setor.

3. Pressão internacional e sanções ao agronegócio

O cenário internacional também traz preocupações. A assinatura de acordos entre Mercosul e União Europeia, embora promissora, pode ser acompanhada de exigências ambientais mais rigorosas e sanções a produtos brasileiros. Além disso, tensões comerciais entre potências globais aumentam a incerteza sobre mercados de exportação.

Para enfrentar esse desafio, é imprescindível que o agronegócio invista em práticas sustentáveis e na certificação de produtos, garantindo o acesso a mercados mais exigentes.

4. Mudanças climáticas e sustentabilidade

As mudanças climáticas continuam a representar uma ameaça significativa. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, podem comprometer a safra, mesmo com as previsões de recordes de produção. Além disso, a pressão para a adoção de práticas mais sustentáveis é crescente.

Investir em tecnologias de agricultura de precisão, sistemas de irrigação eficientes e na restauração de biomas degradados são caminhos para mitigar esses riscos e melhorar a resiliência do setor.

5. Inflação e consumo doméstico

Apesar da projeção de desaceleração da inflação, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado em 4,59%, o consumo doméstico ainda pode ser impactado. Com a renda comprometida, os consumidores podem priorizar produtos mais acessíveis, afetando a demanda por itens de maior valor agregado.

O agronegócio pode responder a esse cenário diversificando sua produção e investindo em inovações que reduzam custos e ampliem a oferta de produtos competitivos no mercado interno.

Conclusão

O agronegócio brasileiro tem perspectivas de crescimento robusto em 2025, mas os desafios são igualmente expressivos.

Para garantir que o setor continue sendo um pilar da economia nacional, é fundamental adotar estratégias que aumentem sua resiliência e competitividade.

Investimentos em sustentabilidade, inovação e gestão eficiente serão determinantes para superar as adversidades e aproveitar as oportunidades de um mercado em constante transformação (Macfor, 11/12/24)

Em 2025, um cenário melhor para o agronegócio

Preços têm melhoras, safra é recorde e clima deverá interferir menos na produção.

As perspectivas de 2025 para o agronegócio são melhores do que o desempenho de 2024. No início, este ano se mostrava complicado para a agropecuária. Os preços internacionais estavam em queda; a demanda global era incerta, devido a pressões inflacionárias e ao comportamento da economia mundial; o clima se apresentou como um dos piores da história para o setor, e os custos ainda permaneciam elevados.

Mesmo com a queda de produção, os preços não reagiram no primeiro semestre. No segundo, o cenário mudou, e a forte demanda internacional, principalmente por carnes, e o dólar em alta, dando competitividade aos produtos brasileiros, geraram mais receitas ao setor.

Em 2025, o país volta a ter uma safra cheia, desde que o clima ajude, com estimativa de 322 milhões de toneladas de grãos, 8% a mais do que neste ano.

O PIB do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que avalia o desempenho dos setores de agropecuária, insumos, agroindústria e agrosserviços, deverá crescer 5% no próximo ano.

Neste ano, o VBP (Valor Bruto da Produção) interrompeu a tendência de alta que vinha registrando e fica estável em R$ 1,25 trilhão. Em 2025, porém, volta a crescer 11,4%. No setor externo, a ameaça Donald Trump é uma incógnita, podendo ajudar ou atrapalhar o setor. Os efeitos dos juros e do dólar na política americana afetam o consumo mundial.

Para o Brasil, uma política beligerante de Trump com seus parceiros comerciais favorece as exportações brasileiras, mas os custos de produção serão mais elevados devido à alta da Selic.

No setor externo, aconteceu o que não era muito provável. As receitas com as exportações repetem o recorde de 2023 e voltam a girar em torno de US$ 167 bilhões.

O setor passou a depender menos da soja, que fecha o ano com receitas menores do que as de 2023, e incorporou um volume financeiro maior de outros produtos.

As carnes deverão atingir o recorde de US$ 26 bilhões, e o café voltou aos bons tempos, podendo render US$ 12,5 bilhões. A balança do agro recebe também uma boa ajuda do açúcar, que deverá atingir US$ 19 bilhões.

A demanda externa e uma recuperação interna de alguns preços no segundo semestre deram um novo desempenho ao agronegócio. Tanto que a CNA, que esperava uma queda de 3% no PIB deste ano, revisou a taxa para uma alta de 2%.

No campo, a maioria dos produtos termina 2024 com valores superiores aos de 2023. O arroz é exceção, recuando 22%. Já o café, um dos líderes de aumento, acumula alta de 120% no preço do arábica e de 142% no do robusta. O milho subiu 6%, e a soja ficou estável, quando comparados os preços atuais com os de há um ano.

As proteínas mantiveram boa evolução de preços no campo, com a arroba de boi gordo subindo 25% no ano, e as carnes de frango e suína tiveram altas de 12% e 14%, respectivamente.

Apesar do recuo de preços de alguns produtos nas lavouras, o consumidor não teve alívio quando foi aos supermercados. Em média, pagou 8% a mais pelos alimentos neste ano.

Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), as maiores pressões no varejo vieram do café, óleo de soja, leite e carnes. O café em pó ficou 32% mais caro até novembro, e o óleo de soja, 29% (Folha, 31/12/24)

Fonte:brasilagro.com.br